quarta-feira, 7 de abril de 2010

Editora Abril no telemarketing desesperado

As moças do telemarketing da Editora Abril vêm fazendo uma campanha frenética e incansável aqui. Uma coisa que chega a ser estranha, mesmo diante de tudo que já vi de ridículo nesse tipo de publicidade. A impressão que dá é que se elas tivessem alguma informação útil pra me chantagear, eu teria de assinar a Veja contra minha vontade.

Um dia desses, depois de desligar o telefone bastante irritado,dei-me a pensar no que poderia haver por trás desse desespero todo. Será que a Abril anda sofrendo perdas mercadológicas nessa queda de braço tão duradoura quanto infrutífera que travou por tantos anos com o atual governo?

Não sou defensor ferrenho do governo, longe disso, mas não precisa ser "lulista" para constatar que, no duelo entre a Veja e o Lula, o Lula levou e continua levando a melhor. As pesquisas mostram que, mesmo entre a classe média, o prestígio do presidente não sofreu sequer arranhões frente a sanha desesperada da revista em atacá-lo.

Por outro lado, esse telemarketing irritante, desesperado, me faz pensar se alguns tiros não andam saindo pela culatra. O editorial da revista foi sendo moldado por um "anti-lulismo" raivoso, hidrofóbico. A revista que sempre esteve ligada a interesses de determinadas elites, mas que outrora conseguia manter certa pose, perdeu completamente a compostura, assemelhando-se, cada vez mais, a um tabloideco fascista.

Essa agressividade não é do gosto da classe média brasileira. O próprio Lula só conseguiu conquistar esse segmento da sociedade depois de metamorfosear-se, de operário em fúria, no caricato "Lulinha paz e amor" desenhado por Duda Mendonça e companhia. Enquanto o operário revoltoso ficou "zen" e conquistou a classe média, que é mais chegada numa letargia política e não suporta "clima de confrontamento", a Veja tomou o rumo oposto de maneira insana, descontrolada.

Alô, Civita, talvez seja melhor as moças do telemarketing largarem de encher o saco dos "lares de classe média" ao telefone e irem panfletar essa porcaria pra umas gangues de "carecas do ABC", ir naqueles clubes militares onde os caras se reunem pra chorar o fim da ditadura, coisas desse tipo. No rumo que a coisa tomou, só vão restar mesmo esses espaços.




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